Um pouco sobre as culturas do cajú, acerola, cana-de-açúcar, milho e maracujá

Cajú

               O caju é uma cultura de grande importância especialmente para o Nordeste do Brasil, constituindo-se em garantia real de renda para pequenas médias propriedades.

               Além da produção destinada à subsistência, garantindo à família rural a suplementação alimentar com um produto  sadio e nutritivo, excedente pode ser vendido, tanto in natura quanto beneficiado em forma de docese sucos, além da castanha torrada que, também, é exportada para o mercado internacional.

               O cajueiro (anacardium occidentale L.) é uma arvore grande e copada muito comum no Nordeste do Brasil, sendo encontrada também na Índia e na África.

               No Nordeste existem grandes áreas de cultivo do cajueiro, sendo a grande maioria a partir do plantio de sementes que tem contribuído para a baixa produtividade, atualmente com menos de 220kg/há de castanha (Pessoa et al.,1995), em conseqüência de ser predominante a polinização da espécie por cruzamento. O resultado é a heterogeneidade de diversos caracteres da planta, como: altura formato e expansão da copa, época  de florescimento e de produção, peso total do fruto (castanha), peso da amêndoa e do falso-fruto.

Acerola

O fruto da aceroleira é pequeno e semicarnoso, de cor vermelha. Contem três pequenas sementes, protegidas por um pergaminho reticulado. Quando maduro chega a pesar 12g.

A acerola, também conhecida como cereja das Antilhas, é um pequeno arbusto de até                                                                     três metros de altura, bem copado, é muito cultivado em vários países tropicais, inclusive no Brasil, especialmente nos estados do Norte e Nordeste. É uma fruteira que deve ser difundida em todo o Brasil por sua importância como fonte de vitamina, sendo rico em vitamina “C”, pois possui 14 vezes mais vitamina “C” que a goiaba.

Quando adulta pode dar de três a quatro safras por ano, chagando a produzir ate 2kg de frutas num dia, num total de 20 a 30kg em cada safra.

Botânica

A aceroleira pertence á família Malpighiaceae, é originária da América Tropical, possivelmente das Antilhas e foi  espalhada pelos índios que a difundiram pelo Caribe, América Central  e Venezuela.

Do gênero Malphighia existem 30 espécies. Na moderna nomenclatura adotada pelo conselho Internacional de Recursos Genéticos Vegetais ( IBPGR) a forma cultivada comercialmente pertence à M. emarginata D.C. No entanto, alguns autores, designam a aceroleira por M. glabra  L. ou M. punicifolia L.

Plantar fruteiras é uma atividade lucrativa que valoriza a terra, mas apresenta alguns fatores limitantes como: o custo do empreendimento, a disponibilidade de água, a qualidade do solo e os problemas relacionados com a comercialização.

A fruticultura exige investimentos iniciais cujo retorno ocorre a médio e a longo prazos. O pequeno produtor pode formar pomares domésticos com a finalidade de abastecer a família  e colocar o excedente da produção nas feiras livres, centro consumidores e industrias processadoras.

Cana-de-açúcar

A cana-de-açúcar tem contribuído para a independência  econômica de inúmeros países tropicais. A doce gramínea já proporcionou ao Brasil, no passado,, dias de grande prosperidade e opulência; e ainda hoje é uma cultura de grande expressão econômica.

O seu colmo fornece a matéria-prima para a fabricação de produtos como açúcar, rapadura, cachaça, álcool, que são muitos disputados pelos mercados consumidores nacionais e internacionais. A ponta ou olho de cana-de-açúcar é aproveitado na alimentação de animais e os resíduos da fabricação do açúcar e do álcool podem ser empregados na recuperação dos solos.

A tiborna ou vinhaça, que é a sobra ou resíduo da indústria do álcool – tanto pode ser usado na adubação, como na alimentação dos bovinos, se devidamente tratada. O bagaço, que é usado como combustível ou adubo, pode ser também empregado como matéria-prima para a fabricação de pasta para papel, raion, (fibras têxteis) etc.

Já se pensa em aproveitar a cera que cobre a superfície dos colmos para ser empregada na indústria de papeis, isolantes elétricos, tintas, filmes vernizes, etc.

Com os problemas ambientais decorrentes do uso dos combustíveis fósseis, a cana-de-açúcar vem sendo utilizada para produzir energia por ser uma da melhores opções dentre as fontes renováveis.

O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, seguido pela Índia e por Cuba. Aqui, ela é cultivada em diferentes tipos de solos que estão sob influência de diversos climas, (DIAS, 1997)

O solo, o clima o manejo da cultura e a variedade de cana são fatores que interferem na produção e qualidade e estão sendo constantemente  estudados sob diferentes aspectos,  afim de promover um melhor rendimento da cultura e, conseqüentemente , maior lucratividade.

Botânica e morfologia

POSIÇÂO SISTEMÁTICA DA CANA-DE-AÇÚCAR
ReinoVegetal
FiloEmbriofita sifondegama
SubfiloAngiosperma
ClasseMonocotiledônea
OrdemGlumiflorae graminales
FamíliaGramínea poaceae
GêneroSaccharum
ESPÉCIES DO GÊNERO SACCHARUM
 Saccharum officinarum L
 Saccharum spontaneum
 Saccharum sinensis Roxb
 Saccharum robustum Jeswiet

Clima e solo

A cana-de-açúcar é uma planta tropical, desenvolvido-se, entretanto, satisfatoriamente nos climas subtropicais, onde a temperatura média gira em torno de 24°C. variedades industriais vegetam nos climas quentes, com temperatura compreendida entre 24°C a 30°C.

Pode ser cultivada economicamente desde o nível do mar até a altitude de 1.400m. Segundo EARLE, 1270mm de chuva anualmente é suficiente para manter uma cultura de cana-de-açúcar, desde que esta pluviosidade seja distribuída convenientemente. Dois terços do período vegetativo da cana necessitam de chuvas freqüentes e calor, que o terço restante deve ser de fraca pluviosidade, de modo a facilitar a maturação e a colheita.

Nas regiões muito quentes e úmidas, há um ativo desenvolvimento vegetativo e prejuízo da maturação que se retarda, dando colmos pobres em açúcar.

Uma vez que o clima seja favorável, a cana-de-açúcar pode ser cultivada em vários tipos de solos, desde que possua umidade e elementos assimiláveis em quantidades suficientes. Deve ser, sobretudo, fértil , drenado e com teor de matéria orgânica.

Os terrenos excessivamente argilosos não são aconselháveis por serem frios, compactos e difíceis de trabalhar; como também os silicosos, porque secam com facilidade e são pobres em elementos nutritivos.

Os solos ideais para sua cultura são os aluviões planos ou levemente inclinados .As grandes indústrias canavieira se encontram, de preferência, instaladas em regiões de solos fortes, humosos e de grande profundidade.

Milho

A cultura do milho tem sido de grande importância socioeconômica para o Brasil, e é praticada em muitos Estados da federação, cuja produção vem crescendo ao a ano.

Por ser uma espécie, na maioria das vezes cultivada sob regime de sequeiro nos estados da região Nordeste, isto é, dependente de ocorrência e instabilidade do inverno, esta cultura apresenta um rendimento médio de 600kg/há, muito baixa em relação a média brasileira.sob esta condição é considerada uma atividade agrícola de alto risco.

A utilização de novas tecnologias como o uso de cultivares melhoradas, espaçamento e densidade de plantio adequados, o controle efetivo das plantas daninhas, pragas e doenças, o manejo correto dos solos através de práticas conseqüentemente , a sua permanência no processo produtivo.

O cultivo do milho tem como objetivo um melhor aproveitamento do terreno e, geralmente, é realizado consorciado com outras culturas como feijão, mandioca e arroz.

Maracujá

               O maracujá é uma planta nativa da América Tropical – Provavelmente do Brasil – e hoje é cultivada em  diferentes partes do mundo (Austrália, Quênia, Hawai e outros). A primeira referência ao maracujá, no Brasil, data de 1587, na obra Tratado Descritivo do Brasil como “erva que dá fruto”.

               O maracujá tem  mais de 150 espécies nativas no Brasil  e, devido as suas propriedades terapêuticas, tem valor medicinal. Seu uso principal, no entanto, está na alimentação humana, na forma de sucos, doces, geléias, sorvetes e licores. É rico em vitamina C, cálcio e fósforo.

Observação: Fonte de uma enciclopédia que retirei de uma coleção (falta confirmar a editora)

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