Evento contou com a participação de 200 pequenos produtores rurais, indígenas da nação Wassu Cocal e trabalhadores vinculados a movimentos sociais. / Fotos: Helciane Angélica
Com a reativação da feira agrária, a geração de renda e o desenvolvimento da região será beneficiada

Texto de Helciane Angélica

O Sindicato dos trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Joaquim Gomes convidou o Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) para o encontro de integração e fortalecimento da economia no município, promovido nessa sexta-feira (13), e que contou com a participação de 200 pequenos produtores rurais, indígenas na nação Wassu Cocal e trabalhadores rurais vinculados a movimentos sociais de trabalhadores sem terra: Comssão Pastoral da Terra (CPT), Movimento dos trabalhadores Rurais Sem Terra (MST, Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST).

O diretor-presidente do Iteral, Jaime Silva, representou o Governo de Alagoas na atividade e reafirmando o compromisso com o desenvolvimento da agricultura familiar. Destacou ainda que o prefeito Adriano Barros e o secretário municipal de agricultura Jaires Barros terão todo o apoio na interlocução junto ao governador Renan Filho, proporcionando a infraestrutura adequada das estradas com as máquinas repassadas pelo governo federal por meio do programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além do escoamento dos alimentos produzidos nos acampamentos e assentamentos, e ainda, melhorar a realidade da população local.

“O Iteral tem sido um parceiro essencial para os agricultores e queremos viabilizar a produção agrícola dentro dos municípios, para isso, é necessário que as estradas sejam pirraçadas e as famílias componesas tenham condições de sobreviver, comercializar seus produtos sem a intromissão de atravessadores e garannta o bem-estar, até mesmo no período chuvoso. Também defedemos que os alimentos produzidos sejam destinados, primeiramente, às escolas públicas, garantindo maior qualidade na merenda das nossas crianças. E nesse ano, investiremos nas feiras agrárias em todo o Estado, para a geração de renda não só aos assentamentos de crédito fundiário, e ainda, promover a intergração com os movimentos sociais do campo”, exaltou Silva.

Na ocasião, foram discutidas várias reividicações: maior investimento na educação para acabar com a exploração e o trabalho infantil, pois ainda é observada a presença de crianças e adolescentes trabalhando no corte de cana de açúcar; a atuação dos agentes de saúde nos acampamentos e assentamentos, já que, é preciso percorrer cerca de 15Km para ter acesso aos postos de saúde e o Programa Saúde da Família (PSF); melhorias na infraestrutura das estradas; recuperação de nascentes e fiscalização dos desmatamentos; o apoio com maquinários, construção de tanques e assistência técnica; e a retomada da feira agrária na cidade.

Também estiveram presentes o vice prefeito Elias José; todo o secretariado municipal e vereadores; além de representantes da Cooperativa dos Agricultores Familiares de Joaquim Gomes e Região (Coopaf) e Milton Magni Pereira, superintendente Regional Substituto do Incra/AL.

Mobilização – Segundo Rosiete Pulquerio de Oliveira, presidente do Sindicato Municipal e coordenadora da Mulher na Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado de Alagoas (Fetag), o encontro serviu para avaliar as dificuldades enfrentadas pelos agricultores da região e axigir soluções.

“Desde o ano passado, que o sindicato vem dialogando com os movimentos do campo para realizarmos pautas conjuntas. Esssa luta não pode ser só de bandeiras, mas de todos os agricultores. Tínhamos que andar com todo mundo junto para discutir as demandas no município, porque têm necessidades parecidas e a proposta é a gente se unir e fortalecer uns aos outros, e ainda mobilizar os agricultores do crédito fundiário que estão negociando a dívida pública. E esse evento, também foi um importante momento para continuar dialogando com o Iteral, que tem sido um grande parceiro e vem contribuindo muito para o nosso desenvolvimento”, ressaltou.

“Precisamos ter as condições necessárias para amppliar a nossa produção. Nós não queremos compensação, e sim, fazer com que os trabalhadores rurais tenham a sua dignidade reconhecida, e que o PIB deste município cresça economicamente e socialmente”, exaltou Josival Oliveira, coordenador nacional do MLST.

Fonte: Agência Alagoas

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